domingo, 5 de dezembro de 2010
cela 211
Pronto para se tornar num guarda prisional, Juan Oliver está decidido a deixar uma boa impressão. Apresenta-se ao trabalho um dia mais cedo e dois colegas dão-lhe a conhecer a prisão já antiga e pouco conservada. Durante a visita, um pedaço de estuque solta-se do tecto e atinge Juan que desmaia. Os guardas levam-no para a cela 211, vazia, tentando reanimá-lo. Mas naquele momento irrompe um motim desencadeado pelos criminosos mais temidos daquela prisão. Os colegas de Juan fogem, abandonando-o. E quando ele acorda apercebe-se que terá de fingir ser um prisioneiro para se salvar. Este é o ponto de partida para o filme que foi o grande vencedor dos Óscares do cinema espanhol, os Goya. "Cela 211", baseado no romance homónimo, de Francisco Pérez Gandul, recebeu oito prémios, entre eles o de melhor filme, melhor argumento e melhores actores.
É um filme muito intenso, com um excelente guião que oscila entre o thriller, o filme de prisões e a parábola sociopolítica. Uma realização nervosa mas segurissíma explora de forma extremamente interessante a relação que nasce entre o guarda e o assassino sem escrúpulos, principal responsável pelo motim. Personagens densas, com espessura, muito bem defendidas pelo actores (o espanhol Luis Tosar e o argentino Alberto Ammann) que dão ao filme uma densidade e uma tensão que nos agarram ao écran do princípio ao fim.
Também gostei muito do cartaz do filme, simples mas com muita intensidade.
Um uma boa surpresa!
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