A actriz Annie Girardot, que se destacou no cinema francês dos anos 1970 e sofria há vários anos de Alzheimer, morreu na segunda-feira, aos 79 anos, no hospital LariboisiŠre, em Paris, anunciou a neta, Lola Vogel.
"Ela partiu tranquilamente. Eu a minha mãe estávamos a seu lado", declarou a neta.
A actriz tornou-se um símbolo do difícil combate contra a doença de Alzheimer, após ter aceite fazer-se filmar, em 2007, para o documentário "Ainsi va la vie", de Nicolas Baulieu.
Annie Girardot residia desde 2009 numa casa de repouso com assistência médica, em Paris, e foi transportada para o hospital LariboisiŠre.
Nascida a 25 de Outubro de 1931 em Paris, num meio familiar popular - a mãe era porteira - teve inicialmente uma formação em enfermagem, antes de estudar no conservatório e entrar para a Comédie Française em 1954, saindo três anos mais tarde.
Estreou-se no cinema em 'Treize à table' de André Hunebelle em 1955, e foi dirigida por Luchino Visconti, em 1960, no seu primeiro grande papel dramático, em 'Rocco e os Seus Irmãos', com Alain Delon e o ator italiano Renato Salvatori, futuro marido.
Entre os anos 1960 e 1980 entrou em mais de 120 filmes, mas não para o grande ecrã.
Destacou-se em 'La Donna Scimmia' (1964) e 'Dillinger Morreu' (1969) de Marco Ferreri, 'Viver por Viver' de Claude Lelouch (1967) e 'Morrer de Amar' de André Cayatte (1971).
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, difundiu um comunicado com este comentário: "Não é apenas uma das figuras mais inesquecíveis do cinema francês dos últimos cinquenta anos que nos deixa, mas uma atriz que brilhou em toda a Europa depois de ter encarnado o papel de Nadia, a heroína de "Rocco e os Seus Irmãos".
No mundo do cinema, realizadores e atores lamentaram a morte de uma mulher "generosa", "talentosa" e, em particular para o cineasta Claude Lelouch, "a maior actriz do cinema francês do pós guerra".
Até sempre!
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