Em 1983 Júlio Pomar apresentou a série "Os Tigres" na galeria 111. Aqui Pomar atinge a plenitude plástica e discursiva. Os tigres surgem como a visibilidade de um alter-ego, figura metafórica do desejo, com uma pujança só encontrada, por analogia, ao Minotauro de Picasso.
Talvez seja esta a fase mais intimista e, logo a mais fantástica. Porém é nela que encontramos um Pomar liberto e é provavelmente esta a fase de que eu mais gosto. Obviamente que estas imagens que agora publico não fazem justiça aos quadros, as cores estão adulteradas, os pormenores perdem-se e a dimensão desaparece. Mas se um dia os puderem ver ao vivo, não percam a oportunidade por nada deste mundo. São de cortar a respiração.
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