A semana passada eu e a minha amiga PM tivemos almoçinho cultural e decidimos ir ver esta exposição sobre um dos portugueses mais geniais do séc. xx. Embora pequena, a exposição é bastante esclarecedora, sobretudo pelos filmes cedidos pela Cinemateca Portuguesa que ilustram de forma clara o nosso país antes e depois de Duarte Pacheco.
A exposição "Duarte Pacheco - do Técnico ao Terreiro do Paço", ilustra o engenho e obra de um dos políticos que mais marcou o país no século XX, que estará patente no Átrio do Pavilhão Central no Campus Alameda, até ao dia 23 de Novembro de 2011. A exposição está aberta ao público em geral de Segunda-feira a Sábado entre as 10:00 às 20:00.
Duarte Pacheco, nascido em Loulé no virar do século, veio para Lisboa aos dezassete anos atraído pela fama do ensino da Matemática de uma jovem Escola. Formado pelo IST em 1923, quatro anos depois, em 1927, o Conselho Escolar determinava por unanimidade a sua nomeação como Director do Instituto Superior Técnico.
Esta exposição não pretende ser exaustiva mas sim transmitir a imagem do génio e visão que permitiu a grande transformação do País na primeira metade do século XX.
Obra
Em 1933, o engenheiro Duarte Pacheco inicia uma profunda modernização dos serviços dos Correios e Telecomunicações por todo o país. Neste mesmo ano, nomeia uma Comissão Técnica para estudar e elaborar um plano que pudesse levar à construção de uma ponte sobre o rio Tejo, ligando Lisboa, pela zona do Beato a Montijo. Chega mesmo, no ano de 1934, a propor a construção de uma ponte rodo-ferroviária, em Conselho de Ministros.
É autor de projectos dos "novos Bairros Sociais" de Alvalade, Encarnação, Madredeus e Caselas, em Lisboa. Mandou construir a primeira autoestrada Lisboa-Vila Franca de Xira, pioneira da A1. Projectou a actual Av. de Roma, em Lisboa, da forma como ainda hoje permanece, do ponto de vista imobiliário.
Ao longo da sua carreira, quer como professor ou estadista, Duarte Pacheco promoveu, e revolucionou, o sistema rodoviário de Portugal, para além das inúmeras construções de obras públicas que mandou executar, tais como a marginal Lisboa-Cascais, o Estádio Nacional, e a Fonte Luminosa, em Lisboa. Foi sua, também, a criação do Parque de Monsanto, e contribuiu para a construção do aeroporto da cidade de Lisboa. Foi também, o grande responsável pela Organização da Exposição do Mundo Português, acontecimento singular do Século XX que influenciou em muitos aspectos o ritmo cultural das décadas que se seguiram.
Dignificou até ao extremo a profissão de Engenheiro. Procurou sempre um sentido estético e cultural para toda a sua obra. Participou mais do que seria de esperar de um político, nas soluções técnicas a por em prática, estudadas pela noite dentro no Terreiro do Paço. Teve um poder concretizador e iniciativas de dimensão a pensar no futuro. Duarte Pacheco foi um verdadeiro revolucionário.
Entrada Gratuita.
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Viva o Sr. "Inginheiro" Pacheco!!!! Agora mais a sério: Estou absolutamente convicta que Portugal teria sido um país diferente, mais evoluído tecnologica e socialmente se este homem não tem morrido tão novo num acidente. Ele foi o vivo exemplo do que é fazer efectivamente. O seu olhar ia mais longe, era abrangente e depois concretizava de forma integrada, sustentável os seus projectos. Um personagem fascinante! Enfim um verdadeiro engenheiro da vida! Chapeau!
ResponderEliminarPodes crer. E eu que desconhecia grande parte da obra, fiquei rendido. Bj.
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