segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Não Choreis os Mortos
Não choreis nunca os mortos esquecidos
Na funda escuridão das sepulturas.
Deixai crescer, à solta, as ervas duras
Sobre os seus corpos vãos adormecidos.
E quando, à tarde, o Sol, entre brasidos,
Agonizar... guardai, longe, as doçuras
Das vossas orações, calmas e puras,
Para os que vivem, nudos e vencidos.
Lembrai-vos dos aflitos, dos cativos,
Da multidão sem fim dos que são vivos,
Dos tristes que não podem esquecer.
E, ao meditar, então, na paz da Morte,
Vereis, talvez, como é suave a sorte
Daqueles que deixaram de sofrer.
Pedro Homem de Mello, in "Caravela ao Mar"
Para a Avó e Amiga B. que nos deixou. Viverás para sempre nos nossos corações.
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Lindíssimo.
ResponderEliminarLinda homenagem num belíssimo poema. Beijinho muito grande.
ResponderEliminarObrigado aos dois. :)
ResponderEliminarBelíssimo poema, na verdade...
ResponderEliminarE também gosto do resto!!!
Beijos
Graça