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Pelo menos 122 pessoas ficaram feridas, 102 delas polícias, em confrontos entre as forças de segurança e grupos radicais homofóbicos que protestaram contra a primeira Marcha do Orgulho Gay este domingo em Belgrado, informaram os serviços hospitalares.
Antes de começar, grupos da extrema-direita tentaram penetrar em diferentes pontos do cordão de segurança montado nas ruas por onde o desfile ia passar, lançando pedras, paus, garrafas e tijolos contra os polícias. Cerca de cinco mil polícias foram destacados para o centro da capital.
Na Praça Slavija, no centro de Belgrado, as autoridades usaram gás lacrimogéneo para dispersar cerca de 150 extremistas, que depois se voltaram a juntar num local próximo, onde destruíram um carro da polícia e partiram vidros de vários autocarros.
Noutras zonas do centro, grupos da extrema-direita vandalizaram contentores do lixo, automóveis e autocarros e lançaram bombas incendiárias para o edifício que alberga a sede do Partido Democrático (DS), o partido dominante da actual coligação de Governo.
O ministro da Defesa sérvio e membro do DS, Dragan Sutanovac, considerou que o ataque à sede do partido foi um atentado à vida das pessoas que trabalham no edifício e mostrou como os tumultos nada têm a ver com a Marcha do Orgulho Gay, que serviu apenas de pretexto.
"Isto foi organizado por grupos nacionalistas", disse o ministro, acrescentando haver indícios de que alguns dos atacantes usaram armas de fogo.
"Foi hoje enviada ao mundo uma feia imagem de Belgrado, mas também foi demonstrada a determinação do Estado e da polícia em se oporem de maneira adequada a esses grupos", declarou o ministro.
Depois de terminado o desfile, onde se encontravam cerca de 1500 pessoas, os participantes foram levados a casa em veículos policiais.
Esta foi a primeira Marcha do Orgulho Gay na capital sérvia, depois de, em 2009, o desfile previsto ter tido de ser cancelado devido às ameaças de grupos radicais e à pouca coordenação entre instituições e organizadores. Uma outra marcha convocada em 2001 foi impedida pelos grupos radicais que atacaram os participantes e a polícia no início do desfile.
Via "CM"
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