Entretanto alugámos a casa do Meco e como tinhamos um pátio grande e apesar de tudo a palmeira era um ser vivo, enós por isso temos muito respeito, pensámos “não perdemos nada, levamo-la, se sobreviver, fantástico, se não, paciência, fizemos o que pudemos”. E assim foi. Levámos o tronco enfezadito e colocámo-lo no pátio à sombra. Estámos no fim do verão, ficámos um tempo sem ir ao Meco e nunca mais pensámos no assunto. De vez em quando iamos lá, o tronco estava na mesma e nem percebíamos se estava viva ou morta.
Uns tempos depois, e penso que foi no princípio da primavera seguinte, chegamos lá et voilá, a palmeirinha tinha duas folhas minúsculas. Aquele micro –clima é fantástico. A partir daí, foi só ir tratando dela, mudá-la de vaso e foi crescendo. Hoje está muito maior que nós, tem já seguramente mais de 2 metros. E continua linda.
Gostamos de pensar que ela é uma espécie de imagem de nós os dois, pois com o tempo o tronco dividiu-se em dois e ficou assim, um tronco uno que se divide em dois braços viçosos e fortes que são embalados juntos pelo vento.

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