terça-feira, 24 de agosto de 2010

lição de pintura - Turner

Joseph Mallord William Turner (Londres, 23 de Abril de 1775 - Chelsea, 19 de Dezembro de 1851), foi um pintor romântico londrino, considerado por alguns como um dos precursores do Impressionismo, em função dos seus estudos sobre cor e luz.


Pintor londrino, que assistiu ao apogeu do domínio britânico nos oceanos do século XIX, Turner terá sido especialmente influenciado durante a sua infância pela paleta cromática das margens do Tamisa antes de, já na adolescência, ter experimentando a aventura da profissão de marinheiro e com outros artistas ter viajado pela costa inglesa em busca de paisagens que pudesse desenhar.


Foram estas últimas incursões que determinaram o seu interesse pelos temas marítimos com os quais iniciou a sua carreira como pintor. A obra que desde logo o destacou chamava-se Pescadores no Mar e nela já o tratamento da luz evidenciava alguma audácia e virtuosismo.


Seriam necessários, contudo, vários anos para que o artista superasse as influências exteriores e deixasse para trás alguns dos estereótipos da pintura marítima mais convencional.


Tal aconteceu abordando temas como os naufrágios e as tempestades através de um uso mais arriscado da tinta, ora com a espátula, ora com o pincel. Apesar da incompreensão de alguns críticos, pouco habituados a uma dimensão que começava a apelar a leituras metafóricas, Turner prosseguiu o seu trabalho de forma solitária tendo diante de si apenas o mar.


Outras das características de Turner tinha a ver com o facto de não raras vezes dispensar um cartografar rígido da paisagem. Muitas das suas pinturas marítimas foram feitas em pleno campo, impulsionadas por um misto de imaginação e técnica. Como se as imagens caíssem naturalmente dos movimentos da mão em direcção à tela.


Este talento serviria de inspiração a muitos pintores românticos alemães e franceses, ensinando-lhes o valor da contemplação e o modo como esta pode ser transposta para o espírito criador. Em causa estava pois a necessidade de uma investigação empírica. Se necessário, o artista devia entregar-se ao seu objecto, seduzi-lo antes de o enredar num gesto. Turner fê-lo como marinheiro e artista.


Que eu saiba, só há 2 quadros do Turner em Portugal, ambos na colecção permanente do Museu Gulbenkian. São absolutamente fantásticos. Mas quem puder ir a Londres, a Tate Gallery tem a maior colecção de Turners que eu já vi.

Via Artlink

4 comentários:

  1. Muito boa a reportagem. Turner absolutamente fantástico. Que escola, que domínio das cores, dos brilhos e das sombras e efeitos. Genial!

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  2. sutileza mágica num tema misterioso , Turner é maravilhoso!!
    Alline

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  3. vai entrar para o meu memorial de conclusão de artes plasticas, genial, a mais perfeita tradução do sublime na natureza.

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  4. Maravilhosas estas imagens. Vou pesquisar mais sobre este pintor.
    Abs
    Eloí Bocheco

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