quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Panteão Nacional

Almoçinho cultural, II parte. Depois da Feira da Ladra e da bela da bifana fomos até ao Panteão Nacional que fica ali mesmo ao lado e aonde eu nunca tinha entrado.


O Panteão Nacional, situado na zona histórica de Santa Clara, ocupa o edifício originalmente destinado para igreja de Santa Engrácia, acolhendo os túmulos de grandes vultos da história portuguesa.




Fundado na 2ª metade do século XVI, o edifício foi totalmente reconstruído em finais de Seiscentos. Embora nunca chegasse a abrir ao culto, conserva, sob a cúpula moderna, o espaço majestoso da nave, animada pela decoração de mármores coloridos, característica da arquitectura barroca portuguesa.

Neste momento, o Panteão tem uma exposição (muito bem montada aliás) intitulada "As Obras de Santa Ingrácia".
A primeira pedra do actual edifício, o primeiro em estilo barroco no país, foi lançada em 1682. As obras perduraram tanto tempo que deram azo à expressão popular "obras de Santa Engrácia" para designar algo que nunca mais acaba. O edifício só foi concluída em 1966, 284 após o seu início.


O edifício é coroado por um zimbório gigante. O seu interior está pavimentado com mármore colorido.


Este belo orgão do sec. XVIII, decora o espaço anteriormente dedicado ao altar.


Como Panteão nacional abriga os cenotáfios de heróis da História de Portugal, tais como Nuno Álvares Pereira, Infante D. Henrique, Pedro Álvares Cabral, Afonso de Albuquerque. Mas não estão lá enterrados já que um Cenotáfio é um memorial fúnebre erguido para homenagear alguma pessoa ou grupo de pessoas cujos restos mortais estão em outro local ou estão em local desconhecido.


Entre as personagens ilustres que aí estão sepultadas, encontramos sobretudo presidentes da República e escritores.


As excepções são designadamente a fadista Amália Rodrigues, cujos restos mortais foram transladados depois de se alterarem as disposições legais que apenas permitiam a trasladação para o Panteão Nacional quatro anos após a morte, e Humberto Delgado.




De uma beleza extraordinária, o busto relicário de Santa Ingrácia ricamente decorado a prata e pedras preciosas data de 1593. A parecença com a Isabelle Adajni na "Rainha Margot" é incrível.


Esta imagem retrata a igreja que existia no local antes da construção do Panteão.


Há ainda algumas salas com objectos histórico e pessoais dos antigos Presidentes da República.






A seguir subimos até ao Zimbório que é o nome dado à cúpula, em geral circular ou octogonal, das igrejas de grande dimensão.






Construído durante a intervenção de finalização das coberturas e do zimbório (1966), o terraço organiza-se à volta da cúpula, como um espaço amplo de onde se desfruta ampla vista panorâmica sobre Lisboa.


A vista a 360º à volta da cúpula é deslunbrante. Clikem para ampliar.







1 comentário:

  1. Fantástica reportagem! As fotos do interior e do terraço do Panteão estão fabulosas sobretudo aquela com a exposição no centro. Parece saído de um cenário de ritual maçónico... Muito bom! Parabéns e beijocas

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