Ainda a propósito da nossa casa do Meco, há uma história gira sobre esta palmeira. Antes de alugarmos a casa lá, compramos aqui para a casa de Lisboa uma palmeirinha que devia ter uns 40 cms, se tanto. Nessa altura, tinhamos um casal gatos pretos que se chamavam Simão e Teresa, que baptizámos com o nome dos heróis trágicos do “Amor de Perdição” do Camilo. Ora passados um dia ou dois chegámos a casa e a palmeira jazia no chão estraçalhada pelos gatos e sem folhas praticamente nenhumas. Ainda a pusémos novamente no vaso a ver se recuperava, mas nada. Ficou mesmo só um tronco meio depenado que, por mais que regássemos, adubássemos, não manifestava o menor sinal de querer arrebitar. Era um espectáculo deprimente e pensámos em deitá-la fora.
Entretanto alugámos a casa do Meco e como tinhamos um pátio grande e apesar de tudo a palmeira era um ser vivo, enós por isso temos muito respeito, pensámos “não perdemos nada, levamo-la, se sobreviver, fantástico, se não, paciência, fizemos o que pudemos”. E assim foi. Levámos o tronco enfezadito e colocámo-lo no pátio à sombra. Estámos no fim do verão, ficámos um tempo sem ir ao Meco e nunca mais pensámos no assunto. De vez em quando iamos lá, o tronco estava na mesma e nem percebíamos se estava viva ou morta.
Uns tempos depois, e penso que foi no princípio da primavera seguinte, chegamos lá et voilá, a palmeirinha tinha duas folhas minúsculas. Aquele micro –clima é fantástico. A partir daí, foi só ir tratando dela, mudá-la de vaso e foi crescendo. Hoje está muito maior que nós, tem já seguramente mais de 2 metros. E continua linda.
Gostamos de pensar que ela é uma espécie de imagem de nós os dois, pois com o tempo o tronco dividiu-se em dois e ficou assim, um tronco uno que se divide em dois braços viçosos e fortes que são embalados juntos pelo vento.
sábado, 13 de junho de 2009
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