Hoje de manhã, sabendo que o Jardim do Príncipe Real tinha sido reaberto depois de uma longa polémica sobre as intervenções efectuadas, eu e o R. não resistimos e fomos até lá espreitar.
O jardim está melhor, sem dúvida. Saiu o pavimento de alcatrão, os canteiros já não têm gradeamentos à volta, há novos bancos, novo parque para os miúdos, etc.
Andávamos nós às voltas e de repente demos com a entrada do Reservatório da Patriarcal, mesmo por baixo deste lago. Um sítio que há muito queríamos visitar, mas que nunca calhou.
Como era dia de inauguração, cheio vips, o segurança não nos queria deixar entrar, mas o R. com toda a sua arte, conseguiu falar com com uma engenheira responsável pela visita e acabámos por ser convidados a entrar. O R. é exímio neste tipo de coisas lol
Esta Praça/Jardim tem no subsolo um reservatório de água, o Reservatório da Patriarcal, construído para o abastecimento à chamada 7ª colina de Lisboa e envolvendo também a parte da baixa, o sítio do Loreto, a Praça Luís de Camões e a zona do Chiado.
A obra foi projectada pelo Engenheiro-Inspector francês conhecido pelo nome de Mary. lol
Hoje em dia, esta unidade do Museu da Água passou a dar apoio a eventos sócio-culturais, depois de ter sido reaberta como estrutura patrimonial.
Mas a grande novidade é que foi aberto o aqueduto do Loreto, um troço de 410 metros que estabelece a ligação entre o jardim França Borges e o miradouro de São Pedro de Alcântara.
Como fui apanhado de surpresa, não levei máquina fotográfica, por isso estas fotos são antigas e retiradas da net, mas foi este o troço restaurado.
A intervenção nas galerias do aqueduto consistiu na recuperação das paredes e, também, na retirada do interior das galerias das cablagens, entretanto desactivadas, e respectivas estruturas de suporte. Procedeu-se, ainda, à instalação de iluminação ao longo do percurso que passará, assim, a estar visitável a partir de hoje.
A cisterna principal pode ser visitada normalmente mas para fazer este percurso têm que ligar para o Museu da Água e fazer a marcação da visita.
Nós gostámos de fazer este percurso pelas entranhas de Lisboa. O restauro veio melhorar e dar visibilidade a um dos muitos pequenos segredos desta cidade que eu adoro.
Depois deste percurso, desembocámos no Jardim de S. Pedro de Alcântara, um dos melhores miradouros da cidade.
sábado, 22 de maio de 2010
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Incrivel e muito interessante... Não sabia que havia um aqueduto sob este parque -- que conheço muito bem porque passei neste jardim muitas horas a aguardar a hora de abertura dos bares da rua Saõ Marçal ;) Lembro-me também de uma árvore gigante com um poema sobre o destino da madeira... Ainda existe? Foi cortada ?
ResponderEliminartodas as árvores gigantes do jardim ainda existem, as magnólias, os pinheiros, e o cedro centenário que é a esse que penso que te estás a referir...quando se soube que iam mexer no jardim houve uma enorme contestação e a obra foi seguida de perto pelos ambientalistas e pelo gente do bairro. Quanto ao poema, não reparámos se estava lá, mas quando lá voltar vou investigar :)
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