Este é considerado um dos filmes mais enigmáticos e misteriosos da história do cinema e é também um dos meus favoritos de sempre. Realizado por Alain Resnais e escrito em colaboração com Alain Robbe-Grillet, um dos nomes chave do nouveau roman é um objecto único e indefinível. É uma das obras incontornáveis da nouvelle vague e o arquétipo do "art film" por excelência.
Num hotel de luxo, um homem encontra uma mulher que diz ter conhecido no ano anterior no mesmo local. Ela nega ser essa pessoa, mas os seus actos são ambíguos e as respostas vagas.
Entretanto surge outro homem. Seria o seu marido? Quem é ele afinal? Numa narrativa fragmentada, memórias, fotos, frases ditas, entoações. Um crime pode ter acontecido… A narrativa remói fragmentos da memória, mas será que essas memórias são verdadeiras? O que aconteceu de facto no ano anterior em Marienbad?
Este filme não teria a força que tem sem a presença extraordinária da Delphine Seyrig (1932-1990), uma grande actriz, com um talento e elegância raras. Trabalhou com o Truffaut, Buñuel, Demy, Losey e com a Marguerite Duras na obra-prima "India Song".
Imprescindível.
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