A exposição Corpo – Estado, medicina e sociedade no tempo da I República fala da consolidação do poder e do prestígio dos médicos e não pretende ser apenas uma exposição exclusivamente documental e ilustrativa, dimensão que, porém, é fundamental. A mostra de objectos, documentos e fotografias visa, também, problematizar as relações do médico com o corpo, individual e social.
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Não poderia haver arte de curar os corpos sem o saber da Farmácia, ainda que as relações entre médicos e farmacêuticos, por vezes, tenham sido polémicas. O aparecimento de novos medicamentos e novas formas (comprimidos e injectáveis) permitiu uma verdadeira revolução terapêutica.
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Os cartazes publicitários dos medicamentos são verdadeiras maravilhas.
A produção farmacológica que se industrializava iniciava um caminho de democratização do medicamento, que haveria de relegar para segundo plano os preparados prescritos pelo médico ou segundo receita própria do farmacêutico. A Farmácia estendia também o seu saber aos produtos desinfectantes, contribuindo para a vulgarização dos preceitos de higiene.
Alguns dos objectos são lindos, como estes potes de pasta dentífrica, mas outros são aterrorizadores como por exemplo os instrumentos de sala de operações.
Com a implantação da República, muitos médicos esperaram ver, finalmente, iniciado o caminho que havia de conduzir à regeneração médica e higiénica da Nação. Muitas realizações só mostraram os seus frutos décadas depois. Contudo, sublinhem-se três áreas privilegiadas de intervenção: os corpos saudáveis seriam o resultado de políticas de protecção e cuidados médicos à maternidade e à primeira infância e de um investimento forte na saúde escolar.
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Nos inícios do século XX, as doenças infecto-contagiosas continuavam a ser a grande causa da mortalidade. Água de boa qualidade e saneamento básico eram luxos ao alcance de uma minoria. Na ausência de fármacos verdadeiramente eficazes, os médicos insistiam na importância da profilaxia. O apuramento dos sentidos do médico (ver, ouvir, cheirar, apalpar, provar), conseguido pela experiência e no cruzamento com o saber adquirido pelo estudo, continuava ser fundamental. A visita domiciliária e a consulta médica eram também oportunidades de pedagogia higienista e moral.
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Portugal, durante o primeiro terço do século XX, debatia-se com muitos problemas de saúde pública. A Direcção-Geral de Saúde, criada em 1899, e o Regulamento de Saúde, publicado em 1901, foram não só um sinal de um maior comprometimento do Estado para com a saúde das populações, como também anunciavam a modernidade no combate às moléstias importadas (cólera, peste bubónica febre amarela) ou às que grassavam endemicamente no território.
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Esta é a "Sala do Actos" da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa.
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A informação deste post foi retirada do site da exposição que pode ser visto em http://corpo.centenariorepublica.pt
Olá.Cá estou eu.vim no trilho do "almoçinho", embora o assunto "doenças" me deixe um pouco mal da tripa. As fotos são espectaculares.Os penteados eram o máximo.É claro que evoluimos(nos penteados também) e de que maneira. Mas acho que era bom os nossos médicos voltarem um pouco mais ao "ouvir, ver, sentir"!Não é?Beijinhos e até já
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