quarta-feira, 31 de março de 2010
Lisboa de outros tempos
Hoje a PM, a B e eu fizemos mais um almoçinho cultural e desta vez escolhemos o Museu da Cidade no Campo Grande. A verdade é que nos atrasámos no almoçinho propriamente dito que foi na Churrasqueira do Campo Grande e ficámos com pouco tempo para a visita. Portanto só vimos uma parte do Palácio e tivemos que deixar o resto da exposição para uma segunda vez.
O Palácio é lindíssimo e foi edificado na primeira metade do séc. XVIII, sendo conhecido como Palácio Pimenta, nome de um dos seus últimos proprietários, ou por Palácio do Campo Grande, pela sua localização urbana.
Apresentando uma tipologia característica das residências de campo deste período, denunciada pela planta em U, apresenta um corpo principal composto por piso térreo, andar nobre e andar amansardado, prolongando-se pela retaguarda em dois corpos térreos simétricos, ocupados pela cozinha, capela, antiga cavalariças e dependências para serviços.
Hoje o Museu da Cidade possuiu a mais vasta colecção de iconografia da cidade de Lisboa, desde o século XVI ao XX, inícios do XXI (pintura, desenho, gravura, litografia, impresso, fotografia). Cartografia e Projectos urbanísticos e arquitectónicos. Um conjunto importante de artes decorativas destacando-se a cerâmica e a azulejaria.
Painel de cenografia barroca, de grande interesse iconográfico por representar um trecho da Ribeira Velha e do seu quotidiano, antes do Terramoto de 1755. Entre o casario reconhece-se a Casa dos Bicos e um troço da cerca moura com a torre de São Pedro.
Vista da Torre de Belém em dia de tempestade. Entre outras embarcações, no rio destaca-se um galeão de pavilhão britânico. Dos contornos da cidade, evidenciam-se os Altos de Santa Catarina e dos Sete Moinhos.
Este quadro intrigou-nos porque a Torre de Belém está no meio do mar, e decidimos investigar. Aqui está a explicação encontrada no site do Museu:
Iniciada em finais de 1514 e estando já concluída em 1520, foi edificada sobre um afloramento basáltico existente no meio da água (a linha de costa primitiva era muito recuada relativamente à actual). Óleo s/ tela, John Thomas Serres, 1811.
Perspectiva da nave central da Igreja do Mosteiro de Santa Maria de Belém. A amplitude da representação da nave, abarcando a totalidade da tela, revela a intenção do autor em valorizar a verticalidade e a grandeza do edifício. Óleo s/tela Toni de Bergue, 1811.
Terreiro do Paço no século XVII
Esta obra constitui uma vista da principal praça e documenta a sociedade Lisboeta de seiscentos. Destacam-se crianças, cavaleiros, fidalgos, alguns acompanhados de criados ou moços militares, homens do clero e diversos tipos populares: negros, criadas e vendedoras. Junto do chafariz de Apolo, no centro do quadro, alguns aguadeiros enchem as bilhas enquanto outros se envolvem numa rixa. Perto do rio, carregadores entregam-se a trabalhos relacionados com a actividade marítima. Um coche, transportando supostamente D. João IV, atravessa a cena dirigindo-se ao palácio. Ao fundo uma parada militar saúda a chegada do monarca. Óleo s/ tela Dirk Stoop, Londres, 1662.
Este post teve o apoio do site do Museu da Cidade www.museudacidade.pt
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almoçinho cultural
terça-feira, 30 de março de 2010
Yes!
I am proud to say that I am a fortunate homosexual man. I am very blessed to be who I am.
Ao fim de tantos anos de rumores e especulações, finalmente o Ricky Martin assume que é gay no seu blog pessoal. Para quem tinha dúvidas...
Meninas, esqueçam o rapaz! Este é dos nossos! :P
Aqui com os dois filhos que teve de uma barriga de aluguer...
...e com o namorado, que é bem jeitoso por sinal :)
Neste clip está especialmente giro :P
Ao fim de tantos anos de rumores e especulações, finalmente o Ricky Martin assume que é gay no seu blog pessoal. Para quem tinha dúvidas...
Meninas, esqueçam o rapaz! Este é dos nossos! :P
Aqui com os dois filhos que teve de uma barriga de aluguer...
...e com o namorado, que é bem jeitoso por sinal :)
Neste clip está especialmente giro :P
domingo, 28 de março de 2010
uma lição de vida
Fomos ver o filme que deu o óscar à Sandra Bullock e gostámos, sobretudo pela história que conta. E sabendo que se baseia factos verídicos, dá-lhe um peso ainda maior. Mostra-nos que é preciso saber olhar para o lado, ver quem precisa de nós e ajudar. É preciso sermos generosos como como aquela mulher e mãe, que acolhe um miúdo abandonado no meio da sua família lutando pela sua integração. É uma história fantástica, inspiradora e que nos faz pensar que fossemos um bocadinho mais humanos não fazia mal a ninguém.
A Sandra Bullock está bem, mas não é interpretação para um óscar.
sábado, 27 de março de 2010
sexta-feira, 26 de março de 2010
quinta-feira, 25 de março de 2010
Paolo Veronese - As Bodas de Canã
clika para ampliar
Este post é para a I. que vai amanhã para Paris com o namorado. É uma cidade que ela ainda não conhece e por isso vai ser ainda mais fantástico. E uma vez em Paris, um ida ao Louvre é obrigatória. Este quadro está na sala em frente à Mona Lisa ( portanto não há nada que enganar, ouviste? lol ) e é dos mais admiráveis que eu já vi. Por tudo, pela forma como o tema está retratado, pela composição, pelas cores e pela sua dimensão que é gigante. Vou-te deixar aqui um pequeno texto em francês lol para praticares e te ires habituando lol lol
Une scène biblique dans une fête vénitienne
"À Cana, en Galilée, le Christ est invité à un repas de mariage au cours duquel il accomplit son premier miracle. A la fin du banquet, alors que le vin vient à manquer, il demande aux serviteurs de remplir d'eau les jarres de pierre puis de servir le maître de maison, qui constate que l'eau s'est changée en vin. Cet épisode, raconté par l'apôtre Jean, préfigure l'institution de l'Eucharistie. Les mariés sont assis au bout de la table laissant la place au centre à la figure du Christ. Ainsi, il est entouré par la Vierge, ses disciples, les clercs, les princes, des aristocrates vénitiens, des orientaux en turban, de nombreux serviteurs et le peuple. Certains sont vêtus de costumes traditionnels antiques, d'autres, en particulier les femmes, sont coiffés et parés somptueusement.
Véronèse dispose avec aisance cent trente convives, mêlant les personnages de la Bible à des figures contemporaines. Celles-ci ne sont pas réellement identifiables, même si une légende du XVIIIe siècle raconte que l'artiste se serait lui-même représenté en blanc, avec une viole de gambe aux côtés de Titien et de Bassano participant au concert. Le maître de cérémonie barbu pourrait être l'Arétin pour qui Véronèse avait une grande admiration. Au milieu de cette foule, plusieurs chiens, oiseaux, une perruche et un chat s'ébattent.
Le peintre a sélectionné des pigments précieux importés d'Orient par les marchands vénitiens, des jaunes orangés, des rouges vifs et le lapis-lazuli utilisé en grande quantité pour le ciel et les draperies. Ces couleurs jouent un rôle majeur dans la lisibilité du tableau. Elles contribuent, par leur contraste, à individualiser chacun des personnages. Grâce à une restauration de trois années, les couleurs ont retrouvé leur force et leur éclat pour parfois se modifier, comme pour le manteau du maître de cérémonie, qui du rouge est devenu vert, sa couleur originale."
Bon Voyage I. e M.
quarta-feira, 24 de março de 2010
terça-feira, 23 de março de 2010
a última colecção
Foi apresentada na Conciergerie durante Fashion Week em Paris a última colecção do Alexander Mcqueen e à data da sua morte, estavam 16 fatos, oitenta por centro prontos. Percebe-se que ele estava a desenvolver um colecção poética, de inspiração mediaval, com detalhes ricos e barrocos. As fotografias falam por si.
segunda-feira, 22 de março de 2010
promenade sentimentale
Esta é uma das músicas da minha vida. Daquelas que nos ficam coladas à pele porque surgem na altura de acontecimentos marcantes, daqueles que nos lembramos para sempre. E depois a música fica na nossa cabeça ligada a certas imagens e a uma altura específica da nossa vida. Foi o que me aconteceu com este tema da banda sonora do filme "Diva" do Jean-Jacques Beineix de 1981 brilhantemente composta pelo Vladimir Cosma que ouvi até à exaustão. Passada essa fase, durante anos não a conseguia ouvir, trazia-me um mundo que já não fazia sentido. Mas agora, passado tanto tempo, já não me faz mossa e continuo a gostar dela.
O primeiro clip é um excerto do filme com o referido tema e abaixo é o tema interpretado pelo seu autor.
O primeiro clip é um excerto do filme com o referido tema e abaixo é o tema interpretado pelo seu autor.
domingo, 21 de março de 2010
hoje é dia mundial da poesia e aqui fica um dos meus poemas favoritos de sempre. É um poema tristíssimo que me deixa sempre um nó na garganta.
"Adeus"
Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras
e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro!
Era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
E eu acreditava!
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
no tempo em que o teu corpo era um aquário,
no tempo em que os teus olhos
eram peixes verdes.
Hoje são apenas os teus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...
já não se passa absolutamente nada.
E, no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos nada que dar.
Dentro de ti
Não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus.
Eugénio de Andrade
"Adeus"
Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.
Meto as mãos nas algibeiras
e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro!
Era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes!
E eu acreditava!
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.
Mas isso era no tempo dos segredos,
no tempo em que o teu corpo era um aquário,
no tempo em que os teus olhos
eram peixes verdes.
Hoje são apenas os teus olhos.
É pouco, mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.
Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor...
já não se passa absolutamente nada.
E, no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.
Não temos nada que dar.
Dentro de ti
Não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.
Adeus.
Eugénio de Andrade
sábado, 20 de março de 2010
visto do céu
Quando o Peter Jackson anunciou que ia filmar o "The Lovely Bones" fiquei boquiaberto porque achei que aquele livro era infilmável. O livro é muito visual mas de uma maneira sensorial. E isso é díficil de captar em imagens.
O projecto era arriscado e eu gosto de realizadores que correm riscos. Neste caso o risco era um argumento complexo, algo esotérico, oscilando entre o thriller e o drama profundo de uma família que entra em colapso depois da filha mais velha ser morta por um serial killer. Peter Jackson tinha que fazer algumas cedências e acaba por preferir levar o filme mais para o lado do policial, acabando por descuidar o drama humano que é a parte mais interessante e comovente do livro.
Outro dos problemas foi criar visualmente o "limbo" entre o céu e a terra onde a protagonista se encontra. E nestas sequências, se há ambientes bem conseguidos, outros falham redondamente.
E como não há bela sem senão, ao optar por enfatizar o lado policial da história em detrimento do emocional, duas das personagens mais extraoridinárias do livro são remetidas a meras figurantes.
Uma é avó excêntrica, com uma Suran Sarandon sem papel para defender
e a outra é a da Mãe que não consegue ultrapassar o que aconteceu, aqui bem defendida pela Rachel Weisz, mas que só tem duas ou três cenas. Uma pena.
De qualquer forma é um filme esforçado, honesto e que apesar de nunca conseguir chegar lá, tenta. O que já começa a ser raro no cinema comercial dos dias que correm.
quinta-feira, 18 de março de 2010
quarta-feira, 17 de março de 2010
ysl - a elegância da alma
terça-feira, 16 de março de 2010
jeans...
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