![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPrzR_CSMzLATZv5lehTHtIP7-jvUU-4DSD6lodeeGLBusWkrWbznor9_aKGhkY0-Kz_Gq_1ysa3fBEYDUMAObfZZVmpHpf3TP0CuC_1IWVenyIBLW-bY8IRmZyhBCQLBl7j6b4IrSWEQ/s400/jacksonlovelybones+1.jpg)
Quando o Peter Jackson anunciou que ia filmar o "The Lovely Bones" fiquei boquiaberto porque achei que aquele livro era infilmável. O livro é muito visual mas de uma maneira sensorial. E isso é díficil de captar em imagens.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw2B9q7WOPKFtJSuRHsQV8SBu7jSVXuSD6ao0duQQOV3y4d3JAtSdUoiTVPdrtB_0J5u-U7bv3Nf-caDs8ONw26r_gmJnwv1nh9sQSGLUCZ6slyg2S6wD7Ie1SgIpjb_YTQie4GOhxdMc/s400/cinema-the-lovely-bones+1a.jpg)
O projecto era arriscado e eu gosto de realizadores que correm riscos. Neste caso o risco era um argumento complexo, algo esotérico, oscilando entre o thriller e o drama profundo de uma família que entra em colapso depois da filha mais velha ser morta por um serial killer. Peter Jackson tinha que fazer algumas cedências e acaba por preferir levar o filme mais para o lado do policial, acabando por descuidar o drama humano que é a parte mais interessante e comovente do livro.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjoiF-hnLDX3YNq-e70h5avzX22lkk_fxTloaxzHBVSQhvAxYdZS_3OCK8tIYfi1sZRN7zQVyO-WyRu-CEZ6HHPH6KLKI3bZuKvRvZGIW67ntl2OrzIS-j_iRBVmDon-mmefgSyaUK2tkY/s400/the-lovely-bones+1b.jpg)
Outro dos problemas foi criar visualmente o "limbo" entre o céu e a terra onde a protagonista se encontra. E nestas sequências, se há ambientes bem conseguidos, outros falham redondamente.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2Q6sFqNNEYJa7QklZh0x1YKQbgF7A_wogQK-SvaZh6kNK2G1v3cuyphtVvzZIPWzyEHBsmksC5dFYnAzWWxK0qFLMqH03k5B98zRTDilm9DlYH1roF54QkWv6OIca0ZRuCsYpSSfheo0/s400/the-lovely-bones-2.jpg)
E como não há bela sem senão, ao optar por enfatizar o lado policial da história em detrimento do emocional, duas das personagens mais extraoridinárias do livro são remetidas a meras figurantes.
Uma é avó excêntrica, com uma Suran Sarandon sem papel para defender
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOaQc88XSMdNkILSOXu7TicC733KKnzqSjSxFCcFcYM9lfjexQ_LjJrsQdC7rBhO8ok5-NhNFeYeB_X5JyzoQicHlllH3QaidRA5NGlBZP20HkIVrx2VkLDKUQEHXKtTXyc5GyCiGTTYE/s400/2009_the_lovely_bones_3.jpg)
e a outra é a da Mãe que não consegue ultrapassar o que aconteceu, aqui bem defendida pela Rachel Weisz, mas que só tem duas ou três cenas. Uma pena.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVQnvETk6GERNC8WBsHsm8ovTFBRNY3NeZecW8UREsH5fghAoh7qDnH6TUbFi6ytwiOZS1RLHa75Afr6ArpcOrhNebS7jTbXAbFXw2xaFtaShWEwm2vmWb0tVGPVK4hkS95qwbFtUE1QQ/s400/the_lovely_bones14+3a.jpg)
De qualquer forma é um filme esforçado, honesto e que apesar de nunca conseguir chegar lá, tenta. O que já começa a ser raro no cinema comercial dos dias que correm.
Sem comentários:
Enviar um comentário