A propósito de estarmos no Ano Internacional da Biodiversidade, li uma excelente reportagem no "Público" sobre estes cavalos portugueses que desconhecia totalmente.
Só existem cerca de 200 animais e têm poucas décadas de existência como raça, mas têm características que se vêem em pinturas rupestres. No Alentejo, os Sorraias ainda correm como uma manada selvagem.
As 23 fêmeas, onze poldros e um macho, da referida reportagem concentram-se no pasto da Herdade Font'Alva, situada a norte de Elvas, no Alentejo. Juntos, formam a maior população de sorraias no mundo, a raça de cavalos portugueses mais ameaçada.
Ao falar desta raça de origem Ibérica, não podemos deixar de lembrar que, se ela ainda existe, isto fica a dever-se à visão de um homem, o Dr. Ruy d` Andrade. De facto, já numa fase próxima da extinção, e numa altura em que pouco se falava de preservação das espécies, este homem percebeu que era necessário intervir sobre a última manada ainda existente, quando a descobriu, por acaso, perto do rio Sorraia, em Coruche.
O primitivo Sorraia já era representado em pinturas rupestres, sabendo-se da sua utilização posterior pelos romanos.
Foi, assim, o primeiro cavalo a ser domesticado na Península Ibérica. Pensa-se que o Cavalo Andaluz descenderá de cruzamentos dos ancestrais Sorraias, bem como o actual Lusitano.
Os animais são mais pequenos do que os cavalos normais, com uma altura que não chega ao metro e meio na zona entre o dorso e o começo do pescoço. A cabeça com um perfil levemente curvado para fora dá-lhes um ar distinto. De vez em quando vê-se uma ou outra lista no dorso. Mais comuns são as listas nas pernas junto às patas. Estas características chamadas zebruras são consideradas antigas.
Dos 200 animais, mais de metade estão em Portugal espalhados por dez herdades e coudelarias, de acordo com o site da Associação Internacional de Criadores do Cavalo Ibérico do Tipo Primitivo - Sorraia. A Alemanha conta com cerca de 60 indivíduos distribuídos por oito coudelarias, com o núcleo inicial instalado em 1976 na coudelaria de Schäfer, no Sudeste do país, perto de Munique.
O site da herdade que preserva os Sorraias http://www.coudelariasa.com/sorraias.html
O artigo do "Público" pode ser lido aqui http://ecosfera.publico.pt/biodiversidade/Details/os-cavalos-do-sorraia-ainda-tem-um-sabor-selvagem_1441329
segunda-feira, 14 de junho de 2010
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